Cap 3 The Web As Platform The Network Is The Computer

A WEB como plataforma: A rede é o computador

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RESUMO

Em 2000 quando se discutia os mainframes e os microcomputadores em rede, a SUN tinha como slogan: “A rede é o computador”.

Eles compreenderam que a interligação de milhões de computadores, os custos de armazenamento em queda, e novas linguagens de programação era a solução para o processamento distribuído.

Seja pelas farms de servidores da Google ou aplicações de processamento distribuído para descobrir extraterrestres, a WEB atinge níveis de processamento nunca antes atingidos.

De facto o grande salto qualitativo, para já para o utilizador da WEB 2.0, foi a grande interactividade conseguida, a sensação de que o website nos reconhece e disponibiliza conteúdos personalizados, acresce tudo à informação que se consegue obter num só local, interligando diversas origens.

Um dos factores que facilitou este salto qualitativo foi o aparecimento dos web-services e das Api’s com a inclusão de linguagens como o AJAX.

Anteriormente os Websites com dados de interesse eram visitados periodicamente por aplicações (bot’s ou spider's) que analisam todos os dados mostrados e os convertem em informação que possa ser utilizada posteriormente.

O processo é lento e com falhas na nova WEB devido ao grande dinamismo dos dados apresentados, antes de determinar um website os dados já foram na sua maioria alterados, assim as API’s, permitem aceder aos dados em tempo real. Os dados tipicamente são disponibilizados em protocolos XML, SOAP, REST ou WSDL.

A evolução levou a que estejam a surgir dados que fazem o mashup, em que se interligam diferentes origens de dados para disponibilizar uma informação mais completa.

Exemplos como as wiki’s ou as redes sociais dinamizam as sinergias entre os utilizadores, as reacções pessoais e o conhecimento colectivo, assim os websites crescem e melhoram com base nos input’s dos próprios utilizadores.

A WEB 2.0 mudou os parâmetros pelos quais os websites são avaliados. Se antes era o número de visitas, click’s ou duração da visita, hoje em dia são a capacidade de em tempo real alterar os conteúdos, streaming, propagação dos widgets na WEB e o número de websites externos que evocam as Api’s.

Nos últimos tempos tem crescido a tendência do software, de já não ser uma aplicação que tem de ser instalada no PC, mas sim um serviço disponibilizado na WEB, este serviço é o SaaS. Sendo que hoje em dia quase todas as necessidades de uma organização podem ser satisfeitas com SaaS.

Em 1997 a Microsoft apostou nesta visão comprando a Hotmail, para se impor também nesta área de negócio, a Google sete anos depois criou o Gmail, tornando-se estes dois provider’s os mais utilizados até hoje na área de fornecimento do serviço de webmail.

Com o aparecimento das ligações wireless de alta velocidade, os sites de web 2.0 começaram a rivalizar com as televisões, devido à sua capacidade streaming com uma elevada qualidade. Este acontecimento fez com que várias empresas deixassem de fazer publicidade pela televisão e passassem a utilizar sites para o mesmo fim.

Outro factor que fez com que as televisões fossem ainda menos utilizadas, foi o aparecimento de animações em 3D, tornando o computador e a internet uma ferramenta para qualquer idade.

Hoje em dia, outra ferramenta electrónica que tem sido muito utilizada é o telemóvel, sendo este o equipamento electrónico mais vendido do mundo, com a capacidade para aceder à internet cada vez mais potente Este mercado foi também visto como uma aposta para muitas empresas, como o lançamento do Iphone pela Apple.

Países como o Japão exploraram também esta ferramenta para fazer pagamentos multibanco, mas foi pouco adoptado na europa devido à limitação de segurança. Também começou a ser utilizado para se efectuar compras online, sem necessitar aceder a um computador.
Devido à expansão da mobile web, programadores e criadores começaram a criar páginas para estarem disponiveis em pequenos ecrãs como o do telemóvel.

Com esta tecnologia as grandes empresas não quiseram ficar para trás e aderiram. Como tal a Google lançou o Android, tendo mais tarde a Yahoo respondido com a disponibilização da sua plataforma móvel para criadores externos.

Cada vez mais com as capacidades dos telemóveis convergem com as dos computadores, o que torna a linha da internet e da rede móvel cada vez menor. Várias aplicações criam a possibilidade de enviar publicidade, vídeos, imagens para telemóveis, deixando de depender exclusivamente do binómio internet/computador, estas aplicações são utilizadas até por pequenas empresas.

O nome desta tecnologia é designada por “text-to-screen” e possibilita a divulgação de eventos, mandando mensagens para os telemóveis tornando assim a publicidade mais rápida e fácil.

A internet móvel tem vindo a ganhar terreno e a crescer, tornando uma obrigação para as empresas a sua exploração. Assim segundo o autor a internet móvel é cada vez mais parecida com a internet quando foi tornada uma aplicação para o mundo.


ANÁLISE CRÍTICA

Sendo um facto que os grandes service providers na internet dispõem de capacidades de processamento dificilmente atingidas pelas organizações em geral e se o seu crescimento é promissor, o futuro do processamento partilhado entre os utilizadores na internet já é mais questionável.

As razões são simples e passam em grande parte pela disponibilização de recursos do próprio PC que muitas das vezes o utilizador não está disposto a abdicar e as questões de segurança de não se ter a certeza que os únicos recursos que estão a ser utilizados são o processador e a memoria.

Efectivamente o grande salto qualitativo para o utilizador da WEB 2.0 foi a grande interactividade conseguida, a sensação de que o website nos reconhece e disponibiliza conteúdos personalizados e a informação que se consegue obter num só local, interligando diversas origens.

Toda esta interactividade e participação dos utilizadores na construção e crescimento da WEB 2.0 tem tambem pontos negativos que não são referidos, como a privacidade dos dados pessoais, a segurança dos mesmos, deterioração das capacidade de relacionamento no mundo real, e a facilidade de encontrar e aliciar utilizadores por entidades criminosas.

O facto de os dados apresentados serão disponibilizados por Api’s de origem externas, também não garante que a informação disponibilizada é exacta, como exemplo é fácil encontrar dois websites com informação do tempo, de fonte externa, com previsões distintas. Muitas vezes o próprio website também não divulga a origem dos mesmos.

Apesar de tudo os websites 1.0 vão tendo o seu lugar na WEB e continuam a crescer em número, já que a sua manutenção é mais simplificada.

Sendo um facto que os SaaS estão em crescimento e se já existem soluções para quase todas as necessidades de uma organização, o colocar dados sensíveis do core de negocio fora da infra-estrutura própria, ainda provoca muita resistência por parte dos decisores.

Sendo verdade que a internet móvel e os aparelhos móveis são cada vez mais utilizados e a aproximarem-se a passos largos das funcionalidades de um computador, ainda não têm muitas das capacidades que um computador disponibiliza.

Entre estes estão a qualidade gráfica, memória, processamento e armazenamento, sendo por isso ainda um complemento ao uso de um computador e não um substituto.

A internet móvel tem vindo a diminuir a necessidade dos utilizadores estarem presos a locais físicos para trabalharem, podendo ir para o outro lado do mundo e continuarem a estar ligados, basta ter uma ligação há internet e podem realizar tarefas na respectiva organização com facilidade e total mobilidade.

Sendo esta uma qualidade da internet móvel, também é um defeito. Já que cada vez mais estamos sempre online, sem privacidade nem descanso. Neste sentido já existem empresas como a Volkswagen que em Dezembro de 2011 cortou o acesso aos emails fora do horário normal de trabalho.

Assim ambas têm grandes vantagens e desvantagens, e cabe ao utilizador optar pela que melhor se adequa à necessidade existente.


Rui Silva
Pedro Cardoso
Diogo Gonçalves
Paulo Ribeiro
Jorge Alves