O que é a Web 3.0?
Somente um upgrade de versão relativo à Web 2.0?
A Web 1.0 tinha um acesso dial-up e uma largura de banda de cerca de 50k, a Web 2.0 tem uma média de largura de banda de cerca de 1 Mbit e a Web 3.0 terá uma largura de banda média de cerca de 10 Mbits.
Cada vez mais estão a aparecer mais aparelhos que interagem com a internet (tablets, consolas, telemóveis), a criação de sites (uma aplicações web) está cada vez mais facilitada, pois existem cada vez mais software poderosos que assistem os utilizadores a criarem em vez de desenvolverem, tornando cada vez mais difícil a distinção entre profissional ou semiprofissional.
As 5 tendências e tecnologias que estão na vanguarda da Web 3.0
- A Web Semântica e a Inteligência Artificial
- A computação em Nuvem
- Identidades Online Universais Portáteis
- Internet 3-D
- A Convergência da Internet e dispositivos móveis
A Web Semântica e a Inteligência Artificial
A Web 1.0 era apenas a “ligação” entre documentos estáticos, eram lidos, produzidos e interpretados por pessoas.
A Web 2.0 utiliza bases de dados e produz conteúdos dinâmicos que são customizados no sentido de refletirem os dados que são necessários para as pessoas que os estão a requisitar.
Na Web 3.0 a Web Semântica irá utilizar a “rede” para trocar dados, ou seja, irá utilizar metadata para entregar a informação às pessoas, irá também ter a capacidade de “saber” o que os documentos e dados contêm e as suas relações.
A Web Semântica introduziu uma linguagem logica em que os programadores conseguem “informar” os computadores de quais as relações entre os dados com o objetivo de substituir a velha “Internet das Hiperligações” pela “Internet de Significados”.
A Web Semântica é visionada como uma rede que conseguirá descrever dados de uma forma que os computadores consigam entender, estruturando os dados em campos e definindo as suas propriedades e as suas relações, desta forma produzindo dados estruturados e adicionando uma camada lógica (metadados) para que as aplicações (web sites) os possam utilizar e conhecer o seu significado.
É um paradoxo que a informação que está contida dentro de páginas HTML, e formatada nas mais diversas e exotéricas formas, e que é extremamente complicado o seu processamentos pelos computadores. A Web 3.0 será o percursor da “verdadeira” Web Semântica, no sentido que transformará estes e outros problemas em web services para expor a informação. Traduzindo-se no efeito “Net Effect” que será o passo em que a informação deixará de ser não estruturada, tornando-se estruturada, abrindo as portas para a “Computação Inteligente”.
Tim Berners-Lee é claro, ao dizer que não se deve confundir a Web Semântica com a Inteligência Artificial.
Contudo todos os “grandes” motores de busca podem ser vistos como Inteligência Artificial, no sentido em que oferecem “respostas” relevantes às perguntas (queries) que lhes são feitas na forma de resultados de busca.
A Web 3.0 irá conter Inteligência Artificial nos seguintes contextos:
- Aproveitamento de bases de dados de Faqs, utilizando avatares que conseguirão produzir interactivamente um suporte a problemas.
- Motores de busca “inteligentes”, e outras ferramentas que nos irão fornecer informação com base no nosso histórico, e que nos entregaram a informação de uma forma mais rápida e eficiente.
- Motores de “Recomendações”, que nos irão recomendar informação consoante os nossos “gostos”, que serão alimentados através das redes sociais.
A Internet está cada vez mais “esperta” e “inteligente”, pois cada vez mais está a ser desenvolvida inteligência humana, através de rating, ranking, labeling e tagging.
Computação em Nuvem
Imaginem a Internet como um massivo SuperComputador e não apenas conjunto de serviços separados, ou seja, a Internet será vista e utilizada como uma utilidade pública.
Identidades Online Universais Portáteis
Na Web 3.0 será possível transportar a identidade de uma pessoa de um site para outro sem ter de criar uma conta em cada site.
Neste momento existe uma disputa entre as maiores companhias de portais online nesse sentido. No entanto todos estes portais são proprietários e a divulgação dos dados dos seus utilizadores torna-se um fato complicado de gerir. Torna-se necessário criar um standard nesse sentido para o transporte de identidades entre aplicações (sites) diferentes.
O OpenID é um protocolo que está a tentar ser o standard para este problema, visto não ser gerido por uma organização sem lucros. Até que este protocolo seja utilizado na maioria da Internet ainda vai demorar muito, contudo os grandes portais já estão a começar a aderir a este protocolo.
Este processo levará à convergência de identidades em Avatares únicos, ao se tornarem universais, certamente não serão o único meio de representação de identidade na Internet.
Existem também outras formas de transportar as identidades:
- Reconhecimento IP – Onde uma aplicação (site) sabe a localização geográfica do IP e pode fornecer anúncios baseados na localização.
- Tracking pelo ISP – Onde o ISP fornece anúncios localizados, ou seja, fornece publicidade formatada pelo mesmo.
- Data Mining – Que é a combinação e o cruzamento de bits de dados que o utilizador fornece (email, username) com dados que o ISP fornece (IP address).
Internet 3D
Com a adoção da banda larga e o avanço dos “Mundos Virtuais”, podemos esperar que na Web 3.0 se possa navegar em conteúdos cada vez mais realista e definidos.
O blogger Dirk Knemeyer revela que as pessoas em geral utilizam a Internet com 4 propósitos simples: Comércio, Relacionamentos, Aprendizagem e Perceção (Sentimento), as duas últimas atividades são as que se enquadram melhor na utilização do 3-D. O entretenimento e a interação são vertentes naturais da realidade virtual.
Com os Avatares, mundos virtuais, a streaming media, a noção de páginas “flat” está a acabar, cada vez mais se estão a tornar dinâmicas.
A Web 3.0 terá uma experiencia muito mais rica e expressiva ao nível da comunicação, através das webcams, vídeo conferencias, VOIP, ao se criarem Avatares em 3-D, estes dão-nos uma ideia muito mais intuitiva e interativa do nosso futuro online. Estas inovações serão mais utilizadas pela indústria dos jogos.
A manipulação de objetos apenas com o “pensamento” já é possível, mas os seus interfaces ainda estão numa fase muito embrionária.
A Convergência da Internet e dispositivos móveis
Utilizar a conectividade da Internet, a conveniência das ligações sem fios dos dispositivos portáteis e o poder do GPS, fazem uma fortíssima combinação.
Muita da inovação da Web 3.0 virá a partir dos dispositivos móveis.
A utilização de RFID, NFC e códigos de barras, permitirá a comunicação e interação dos dispositivos móveis com a internet, na substituição de cartões de crédito, bilhetes aéreos, cinemas, ou seja, a maior parte das transações serão efetuadas a partir dos dispositivos móveis.
A chegada lenta mas já prevista das “Casas Digitais” será uma realidade na Web 3.0.
A Internet das Coisas
A Internet das Coisas será a interligação dos objetos de todas as redes a “trabalharem” em conjunto através de RFID, GPS, NFC.
Conclusão
Em apenas algumas décadas a Internet evoluiu imenso, desde o seu início como projeto militar, até à sua comercialização e à sua forma (Web 2.0), como a conhecemos hoje.
Enquanto hoje em dia os sites lutam para aumentar a sua popularidade entre as pessoas para manter o seu status e manter a liderança numa determinada área, mudando e alterando a forma como os utilizadores interagem, desenvolvendo novas formas e tecnologias para manter os utilizadores satisfeitos, uma verdade emergiu deste método: A Internet tornou-se num lugar de recolha de dados e expressão cultural.
A Web 2.0 tornou os sites mais dinâmicos, com mais e melhor informação, e com uma forte taxa de utilização e penetração, seja na interação com as pessoas, quer com a diversidade de aparelhos que consegue aceder à informação.
Para se ser bem-sucedido na Web 2.0 é necessário abordar estes simples valores:
- Tornar o Site mais “divertido” e virado para o entretenimento.
- Deixar os clientes e visitantes se exprimirem, e interagirem uns com os outros.
- Libertar o Site do PC, ou seja, ser acedido por múltiplas plataformas, independentemente da localização.